Artistas britânicos defendem regulamentação de IA na indústria da música.

Procurando Proteção Contra a Exploração da IA: No início de abril, um coletivo de renomados músicos britânicos, incluindo Jess Glynne, a banda Mumford and Sons, Sam Smith e Zayn Malik, assinaram uma carta internacional exigindo maiores proteções contra o uso indevido da inteligência artificial. Sua principal preocupação gira em torno de evitar o roubo predatório de estilos vocais e semelhanças de artistas pela IA.

Chamado Parlamentar para a Ação: Um grupo parlamentar bipartidário dedicado à música fez um chamado urgente para a intervenção do governo na regulamentação do uso de inteligência artificial no domínio musical. Sua estratégia delineada envolve a implementação de “direitos de personalidade específicos para proteger criadores e artistas contra o uso indevido e endossos falsos,” revelou um relatório divulgado na quarta-feira. A legislação proposta deve incluir medidas adicionais para proteger músicos das potenciais ameaças existenciais que a IA representa para seus meios de vida.

Alerta Contra o Desenvolvimento Não Regulamentado da IA: O presidente do grupo multipartidário, Kevin Brennan, enfatizou os sérios perigos que o desenvolvimento não regulamentado da inteligência artificial poderia representar para os músicos e para a indústria musical do Reino Unido. No entanto, Brennan também reconheceu o poder positivo da IA em fomentar a inovação e inspirar a criatividade entre os artistas. Ele destacou a necessidade de criar políticas que aproveitem os benefícios da IA enquanto mitigam seus riscos, comparando a IA a um servo que poderia se tornar um mestre temível se não for devidamente governado.

O Precedente da Lei Elvis nos EUA: O relatório dos parlamentares destacou avanços legislativos recentes no Tennessee, EUA, apelidados de ‘Lei Elvis’. Esta legislação proíbe a IA de replicar vozes de artistas sem consentimento explícito. Inspirados por isso, os legisladores do Reino Unido acreditam que o país não deve ficar para trás de seus pares internacionais na proteção da singularidade das criadores.

Embora o Reino Unido desfrute de certas proteções, como direitos de “passing off”, que impedem a falsificação no domínio comercial, a eficácia dessas leis contra falsificações ‘deepfake’ ainda precisa ser confirmada. O porta-voz do governo expressou compromisso em apoiar artistas e o setor criativo na aproveitando as oportunidades da IA, enfatizando confiança e transparência neste esforço colaborativo. Os funcionários do governo estão trabalhando em estreita colaboração com os interessados e prometem atualizações oportunas.

Aumento do Uso da IA na Criação Musical: A ascensão da IA na indústria musical vai além dos riscos potenciais; ela introduz uma nova era na criação musical. A IA pode compor partituras originais, realizar a masterização de áudio e até mesmo gerar músicas inteiras com letras acompanhantes. Enquanto esses avanços tecnológicos podem democratizar a produção musical, permitindo que mais pessoas criem e compartilhem músicas, eles também levantam questões significativas sobre originalidade e direitos autorais.

Leis de Propriedade Intelectual: As leis de propriedade intelectual existentes podem não estar suficientemente equipadas para lidar com o desafio sutil apresentado pelo conteúdo gerado por IA. O debate sobre se a IA pode deter direitos autorais, os direitos associados às obras criadas e como os criadores da IA estão implicados está em andamento. No Reino Unido, a Lei de Direitos Autorais, de Desenhos e Patentes de 1988 atualmente não reconhece a IA como autora, embora a legislação esteja em constante evolução para atender aos novos cenários tecnológicos.

Futuro do Emprego na Indústria Musical: Uma questão importante é como a IA pode impactar os empregos dentro da indústria musical. A IA poderia potencialmente substituir certos papéis, especialmente na produção musical, impactando potencialmente o emprego de produtores, engenheiros de som e músicos de sessão.

A Dimensão Ética: Os desafios éticos incluem a capacidade da IA de gerar deepfakes, levantando preocupações sobre consentimento, autenticidade e desinformação. À medida que a IA melhora, distinguir entre conteúdo real e gerado por IA pode se tornar cada vez mais difícil, impactando a confiança do público.

Vantagens da IA na Música:

Inovação: A IA pode ampliar os limites da criatividade gerando composições e sons únicos que os humanos talvez não concebessem.
Acessibilidade: A IA pode tornar a criação musical mais acessível para pessoas sem treinamento musical formal.
Eficiência: A IA pode acelerar o processo de produção musical, desde a masterização de faixas até a criação de trilhas sonoras para filmes e jogos.

Desvantagens da IA na Música:

Erosão da Identidade Artística: A capacidade da IA de imitar estilos de artistas pode levar ao uso não autorizado do ‘som’ ou identidade de um artista.
Impacto no Emprego: A IA pode substituir papéis humanos no processo de produção musical, levando a perda de empregos.
Questões de Direitos Autorais: O conteúdo gerado por IA desafia as leis de direitos autorais atuais e levanta questões sobre propriedade e royalties.

Para se manter informado sobre os avanços em IA e regulamentações, pode-se acompanhar as atualizações de organizações proeminentes de tecnologia e da indústria musical. Domínios relevantes para atualizações incluiriam organizações como o Escritório de Propriedade Intelectual no Reino Unido Escritório de Propriedade Intelectual e recursos internacionais de política tecnológica como WIRED. Para discussões de ponta em IA e ética, pode-se consultar AI Policy ou jornais Frontiers que publicam pesquisas multidisciplinares, embora este último seja mais acadêmico por natureza.

Desenvolver legislação eficaz que alcance o duplo objetivo de promover a criatividade e inovação, enquanto protege os direitos dos artistas na era da IA, é um desafio fundamental enfrentado pelos formuladores de políticas públicas. A indústria estará observando de perto como o Reino Unido e outros países navegarem por essas águas jurídicas e éticas complexas.

The source of the article is from the blog publicsectortravel.org.uk

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