Avançando nas iniciativas de IA e governança cibernética, as empresas gregas estão se aprofundando nas tecnologias emergentes e inteligência artificial (IA), destacado durante um evento “Empresas Gregas em um Panorama Tecnológico em Mudança.” Organizado pelo Instituto de Auditores Internos da Grécia (IIA Grécia), em colaboração com a Federação Helênica de Empresas (SEV), o encontro focou em reforçar a segurança de dados na Europa e na Grécia.
Vera Marmalidou, Presidente do IIA Grécia, ressaltou os desafios consistentes que os desenvolvimentos tecnológicos, principalmente a inteligência artificial, apresentam às empresas. Além disso, ela enfatizou a necessidade de profissionais de auditoria interna monitorarem de perto esses avanços.
Dra. Maria Bozoudi, uma consultora sênior da SEVE, destacou a baixa penetração de IA na Grécia, de apenas 4%, ficando atrás dos 8% da Europa. Ela mencionou a iniciativa ‘RU AI’ – uma colaboração com o Google – que visa fortalecer as capacidades tecnológicas orientando as empresas sobre as vantagens da IA.
Astrid Lagenveld-Vos, representante da Confederação Europeia de Institutos de Auditoria Interna (ECIIA), comentou sobre o papel crucial da IA no sucesso futuro das empresas, mas também sobre as complexidades inerentes à sua adoção sem um entendimento adequado. Enfatizando as aplicações éticas de IA, ela mencionou a importância dos auditores internos na mitigação de riscos associados à IA.
Dimitris Karastogiannis da Lamda Development apresentou um estudo de caso sobre a ‘cidade inteligente’ de Hellinikon, destacando o papel central da tecnologia nas redes de coleta de dados, aprimorando as experiências diárias dos usuários por meio de uma impressionante rede de 45.000 sensores.
Maya Stylianou, da Elpedison, discutiu os benefícios da manutenção preditiva impulsionada por IA e aprendizado de máquina, citando reduções nos custos de manutenção, melhorias na eficiência e minimização dos impactos ambientais à medida que a IA continua sendo adotada por mais empresas.
Ioannis Tsiliras, do Grupo OTE, considerou a IA um “oceano de oportunidades”, desde que questões fundamentais sobre seus propósitos sejam abordadas, destacando especificamente seu valor no aprimoramento da experiência do cliente e da marca.
Abordando a cibersegurança na Europa e a nível nacional, Ioannis Alexakis da Autoridade Nacional de Cibersegurança da Grécia observou diversas legislações desenvolvidas em 2022, incluindo 13 iniciativas regulatórias diferentes e o impacto significativo da diretiva NIS2, que exige ajustes tecnológicos para se proteger contra desafios digitais.
Discutindo a Lei de Proteção de Dados, Sophocles Karapidakis da Metlen enfatizou a importância de novas regras para acesso, uso e distribuição de dados, com foco particular na proteção de dados industriais enquanto resguarda a propriedade intelectual e os segredos comerciais.
A discussão de encerramento apresentou insights sobre o papel dos auditores internos na adoção de tecnologias de ponta e garantia de conformidade com regulamentações, sublinhando a influência nas decisões e a capacidade de aconselhamento dos auditores internos na navegação do cenário digital em constante evolução.
Perguntas e Respostas Importantes:
Quais são os principais desafios enfrentados pelas empresas gregas na adoção da tecnologia de IA?
As empresas gregas enfrentam desafios como baixa penetração de IA no mercado, escassez de habilidades, falta de estruturas regulatórias claras e a necessidade de investimentos substanciais em tecnologia e desenvolvimento de talentos. Resolver essas questões exige colaboração entre setores privados, fornecedores de educação e o governo.
Como a taxa de adoção de IA na Grécia se compara ao restante da Europa?
Conforme observado por Dra. Maria Bozoudi da SEVE, a Grécia possui uma taxa de penetração de IA de 4%, abaixo da média europeia de 8%.
Quais são as principais controvérsias associadas à adoção de IA pelas empresas?
As controvérsias incluem considerações éticas, possíveis deslocamentos de empregos, preocupações com a privacidade e a responsabilidade pelas decisões tomadas pelos sistemas de IA.
Qual é o papel dos auditores internos na mudança tecnológica em direção à IA?
Os auditores internos são cruciais para garantir que as empresas que adotam tecnologias de IA sigam os requisitos regulatórios, gerenciem os riscos de forma eficaz e mantenham a governança corporativa. Eles também avaliam se os sistemas de IA estão alinhados com os objetivos de negócios e normas éticas.
Vantagens e Desvantagens:
Vantagens:
– Melhoria de eficiência: A IA pode automatizar tarefas rotineiras, acelerando processos e liberando recursos humanos para atividades mais estratégicas.
– Redução de custos: Com exemplos de manutenção preditiva como o da Elpedison, a IA ajuda a reduzir os custos de manutenção e otimizar operações.
– Experiência do Cliente Aprimorada: Empresas podem utilizar a IA para personalizar interações com os clientes, conforme indicado por Ioannis Tsiliras do Grupo OTE.
– Promoção da Inovação: Plataformas como ‘RU AI’ em colaboração com o Google podem ajudar as empresas gregas a se manterem competitivas explorando novas oportunidades tecnológicas.
Desvantagens:
– Riscos de Cibersegurança: Como os sistemas de IA processam e armazenam grandes quantidades de dados, tornam-se alvos atraentes para ciberataques. A adesão a estruturas de cibersegurança, como a diretiva NIS2, é essencial.
– Preocupações com o Emprego: A IA poderia levar ao deslocamento de empregos, exigindo uma significativa reskillização e upskilling da força de trabalho para se adaptar a novos papéis impulsionados pela tecnologia.
– Implementação Complexa: Integrar a IA aos processos de negócios existentes pode ser complexo e custoso, exigindo conhecimento especializado.
Links Relacionados:
– Instituto de Auditores Internos da Grécia (IIA Grécia)
– Federação Helênica de Empresas (SEV)
– Comissão Europeia (para diretrizes da UE e regulamentação relacionada)
– Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA)