Apesar de várias iniciativas da Comissão Europeia desde 2018 para impulsionar o desenvolvimento de um ecossistema de Inteligência Artificial (IA) dentro da União Europeia (UE), um relatório do Tribunal de Contas Europeu revelou um desempenho aquém dos líderes globais do setor. Os esforços para acelerar os investimentos em IA ficaram atrás dos Estados Unidos e da China, onde os investimentos do setor privado superam significativamente os números da UE.
Análises estimam que, de 2018 a 2020, a diferença de investimento em IA entre a UE e os EUA mais que dobrou, com a UE ficando atrás em mais de 10 bilhões de euros. Para lidar com essa preocupação, a Comissão formulou estratégias destinadas a harmonizar o desenvolvimento de IA em todos os estados membros. Isso inclui políticas para investigar os riscos da IA, criar regulamentações e aumentar os investimentos. No entanto, os esforços para orquestrar essas medidas têm sofrido pela falta de coordenação com os estados membros e uma abordagem sistemática para monitoramento de investimentos.
A UE enfrenta desafios na corrida global pela liderança em IA. Os investimentos do setor privado desempenham um papel crucial em impulsionar as capacidades da união, especialmente em setores emergentes como robótica, big data, computação em nuvem, computação de alto desempenho, fotônica e neurociência. As metas de investimento estabelecidas pela UE, abrangendo fundos públicos e privados, visam atingir 20 bilhões de euros anualmente pós-2020, com um aumento no financiamento da União previsto para os anos seguintes.
Apesar dessas disposições, as metas de investimento em IA da UE permaneceram vagas e inalteradas desde sua introdução em 2018, sinalizando uma discrepância entre as ambições e a eficácia da estratégia atual. Embora haja um aumento nas alocações orçamentárias para pesquisa em IA, a falta de sinergia entre esses investimentos e o setor privado tem sido um fator limitante. Para alcançar suas ambições, a UE não só precisa aprimorar suas ferramentas de governança e estratégias de investimento, mas também aproveitar melhor os resultados da pesquisa para aplicação comercial. Isso seria fundamental para garantir sua proeminência no espaço de IA até 2030, ano em que aspira que 75% de suas empresas utilizem tecnologias de IA.
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