Nova Esperança de Antibióticos Surge da Pesquisa Impulsionada por IA

Numa luta monumental contra a resistência aos antibióticos, um desafio de saúde de vanguarda globalmente, os pesquisadores têm aproveitado a inteligência artificial para descobrir uma verdadeira mina de potenciais fontes de antibióticos na natureza. Um estudo inovador, compartilhado na revista Cell, explorou dados genômicos, descobrindo mais de 860.000 promissores peptídeos antimicrobianos no microbioma global — moléculas pequenas competentes em atacar microorganismos infecciosos. Notavelmente, 90% desses potenciais antibióticos são descobertas inéditas.

A urgência dessa pesquisa é destacada pelo fato de que a resistência antimicrobiana causa mais de um milhão de mortes anualmente. Sem uma intervenção eficaz, esse número pode subir para até dez milhões de mortes até 2050. Portanto, a descoberta de novos antibióticos não é apenas crucial, é imperativa. Usando aprendizado de máquina, a equipe analisou cerca de 60.000 metagenomas provenientes de fontes diversas, abrangendo ambientes marinhos e terrestres até tratos digestivos de humanos e animais.

Os quase um milhão de compostos de antibióticos potenciais identificados não eram apenas teóricos: dezenas demonstraram atividade promissora contra bactérias causadoras de doenças em testes preliminares. A equipe validou ainda mais essas descobertas sintetizando 100 peptídeos e testando-os contra patógenos clinicamente significativos, descobrindo que 79 deles interromperam membranas bacterianas e 63 visaram especificamente bactérias resistentes a antibióticos como Staphylococcus aureus e Escherichia coli.

Alguns desses compostos eram particularmente potentes, exigindo doses muito baixas para serem eficazes contra bactérias. Em um modelo pré-clínico utilizando camundongos infectados, o tratamento com esses peptídeos apresentou resultados comparáveis aos da polimixina B, um antibiótico estabelecido usado contra infecções graves.

As origens dos compostos — provenientes de habitantes microbianos em vários habitats como saliva humana, vísceras de porcos, solo e corais — solidificam a abordagem abrangente dos cientistas na busca de dados biológicos. Este estudo valida ainda mais a natureza como um reservatório perpétuo de medicamentos, mostrando especificamente que as pequenas proteínas conhecidas como “peptídeos”, utilizadas por bactérias como defesas, podem impulsionar avanços medicinais.

Além disso, a integração da AI na descoberta de medicamentos representa uma mudança radical na capacidade, transformando processos que geralmente levavam anos em meras horas de trabalho computacional, preparando o cenário para uma resposta mais rápida e eficaz para a questão urgente da resistência antimicrobiana.

The source of the article is from the blog elblog.pl

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