O governo pode acompanhar os gigantes da tecnologia privada com supercomputadores?

Janeiro 29, 2024
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Can Government Supercomputers Keep Pace with the Private Tech Giants?

Yoshua Bengio, um renomado especialista em IA, tem contemplado o futuro da inteligência artificial (IA) e os riscos potenciais que ela representa se ultrapassar o controle humano. Reconhecendo as possibilidades de criar entidades vivas poderosas que priorizam sua própria preservação em detrimento dos interesses humanos, ele agora está focando em soluções políticas para evitar tal cenário. Bengio acredita que a regulamentação é o primeiro passo que os governos devem tomar para conter o poder dos sistemas de IA. No entanto, ele também enfatiza a importância de os governos construírem sua própria infraestrutura para ter o poder digital necessário para monitorar ou regular os gigantes da tecnologia privada.

Um aspecto dessa infraestrutura envolve a construção de supercomputadores altamente capazes. Bengio sugere que o Canadá deveria investir na construção de uma classe de máquinas equipadas com milhares de unidades de processamento gráfico (GPUs) especificamente projetadas para treinar grandes modelos de linguagem como o ChatGPT. Idealmente, esses supercomputadores possibilitariam que entidades públicas acompanhassem os avanços tecnológicos de empresas privadas. No entanto, Bengio reconhece que tal empreendimento exigiria financiamento significativo, estimando o custo em cerca de um bilhão de dólares.

Embora Bengio tenha recebido respostas positivas dos governos do Canadá em relação à sua proposta, ele reconhece as implicações financeiras envolvidas. Outros países, como o Reino Unido, já estão investindo pesadamente em recursos de computação pública para IA. O Reino Unido anunciou recentemente a construção de um supercomputador, o Isambard-AI, que promete ser dez vezes mais rápido do que qualquer computador existente no país. Em comparação, o supercomputador de acesso público mais poderoso do Canadá, o Narval, é cerca de vinte vezes mais lento. A falta de recursos de computação pública no Canadá representa um desafio para os pesquisadores e prejudica o progresso do país no desenvolvimento de IA.

Supercomputadores públicos são cruciais para a pesquisa em IA, especialmente quando envolve o treinamento de grandes modelos de linguagem. Siva Reddy, professor assistente na Universidade McGill, destaca a disparidade significativa entre os recursos disponíveis para pesquisadores canadenses e aqueles possuídos pelos gigantes individuais de tecnologia dos EUA. Reddy apoia a proposta de Bengio e enfatiza a necessidade de um supercluster dedicado para facilitar projetos prioritários em pesquisa de IA. No entanto, ele também reconhece o impacto ambiental da operação de tais supercomputadores, pois eles consomem quantidades substanciais de energia e produzem emissões de carbono.

Embora os governos ainda não tenham encontrado a solução ideal e equilibrado o financiamento e as preocupações ambientais, a demanda por recursos de computação na pesquisa em IA continua superando a oferta. Apesar dos esforços dos locais de clusters existentes no Canadá, eles só conseguem suprir uma fração das necessidades dos pesquisadores por GPUs e CPUs. Os esforços colaborativos dos governos, instituições e pesquisadores são cruciais para enfrentar esses desafios e garantir que a pesquisa baseada em público em IA permaneça competitiva em escala global.

Perguntas frequentes:
1. Qual é a perspectiva de Yoshua Bengio sobre o futuro da inteligência artificial (IA)?
Yoshua Bengio, um especialista em IA, está preocupado com os riscos potenciais de a IA ultrapassar o controle humano. Ele acredita na criação de soluções políticas para tratar desse problema, sendo a regulamentação o primeiro passo.

2. O que Bengio sugere que os governos façam para conter o poder dos sistemas de IA?
Bengio sugere que os governos invistam na construção de sua própria infraestrutura, incluindo supercomputadores altamente capazes equipados com hardware especializado para treinar grandes modelos de linguagem como o ChatGPT. Isso permitiria que entidades públicas acompanhassem os gigantes da tecnologia privada.

3. Como Bengio propõe lidar com as implicações financeiras dessa infraestrutura?
Bengio estima que a construção de tal infraestrutura exigiria financiamento significativo, cerca de um bilhão de dólares. Embora tenha recebido respostas positivas do governo canadense, as implicações financeiras são reconhecidas como um desafio.

4. Como a falta de recursos de computação pública no Canadá impacta a pesquisa em IA?
A falta de recursos de computação pública no Canadá, em comparação com os gigantes individuais de tecnologia dos EUA, prejudica o progresso do país no desenvolvimento de IA. Os pesquisadores canadenses têm uma disparidade significativa de recursos e isso afeta sua capacidade de competir em escala global.

5. O que Siva Reddy, professor assistente na Universidade McGill, enfatiza em relação à proposta de Bengio?
Siva Reddy apoia a proposta de Bengio e enfatiza a necessidade de um supercluster dedicado para facilitar projetos prioritários em pesquisa de IA. No entanto, ele também reconhece o impacto ambiental da operação de tais supercomputadores em termos de consumo de energia e emissões de carbono.

6. Os locais de clusters atuais no Canadá conseguem suprir as necessidades dos pesquisadores em termos de recursos de computação?
Apesar dos esforços dos locais de clusters existentes no Canadá, eles só conseguem suprir uma fração das necessidades dos pesquisadores por unidades de processamento gráfico (GPUs) e unidades de processamento central (CPUs). A demanda por recursos de computação na pesquisa em IA continua superando a oferta.

Definições-chave:
– Inteligência artificial (IA): A simulação de processos de inteligência humana por máquinas, normalmente sistemas de computador, para realizar tarefas que exigiriam inteligência humana.
– GPUs: Unidades de processamento gráfico, hardware especializado que acelera o processamento e a renderização de imagens e vídeos.
– Modelos de linguagem: Modelos de IA projetados para entender e gerar linguagem humana, frequentemente usados em tarefas como processamento de linguagem natural e tradução automática.
– Supercomputadores: Computadores extremamente poderosos capazes de realizar cálculos complexos e processar grandes quantidades de dados em alta velocidade.
– Narval: O supercomputador de acesso público mais poderoso do Canadá.
– Emissões de carbono: A liberação de gases contendo carbono, principalmente dióxido de carbono, na atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.

Links relacionados:
– Site oficial do Canadá
– Site oficial do governo do Reino Unido
– Site oficial da Universidade McGill

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